segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O DVD FAZ A FESTA




O DVD prossegue à frente dos cinemas comerciais especialmente em uma cidade como Belém. Há filmes até mesmo antigos que não foram lançados nas salas exibidoras da cidade, mesmo as que abrigam títulos especiais.
“O Lobo da Estepe” (Steppenwolf/Suíça, EUA, Ingl, França e Itália, 1974) é uma versão quase literal do livro do autor de “Siddartha”, Herman Hess. Para quem leu, parecia impossível filmar o texto, mas o diretor Fred Haines topou o desafio usando diálogos da obra e apelando para uma edição em que o tom surrealista se faz presente. Encabeçando o elenco estão Max Von Sidow, Dominique Sanda (a bela atriz de “O Conformista”) e Pierre Clementi. Todos em papéis difíceis que tentam dar uma dimensão que se coadune com os devaneios narrados pelo escritor. Naturalmente não foi realizada uma obra satisfatória, apenas mostrou-se o quanto o cinema pode avançar em alguns espaços da literatura, o que não quer dizer que é possível reinventar textos (e o que é melhor) a partir do que está escrito. Um bom exemplo do limite entre duas artes.
“Ano Um” (Anno Uno/Itália, 1974) é um dos últimos trabalhos de Roberto Rosselini, o criador do movimento neo-realista italiano. Produção para a RAI (Rádio e Televisão Italiana) aborda a política do país após a 2ª.Guerra Mundial, evidenciando a forma de organização da democracia depois de anos de ditadura fascista. Alguns detalhes certamente parecerão estranhos para o espectador de outros países, mas não resta duvida que o filme refaz a história e com isso cede espaço a quem se interessa por ela.
“A Bela Junie” (La Belle Persone/ França,2007) é mais um trabalho do cineasta Christophe Honoré (de “Em Paris” e “Canções de Amor”). O roteiro, do próprio diretor, transpõe o romance “Princesa de Cléves” de Madame de La Fayette, escrito no século XVII para os tempos modernos, especificamente para o meio acadêmico de Paris. É assim que a estudante Junie ( Lea Seydoux) é alvo das atenções do colega Otto (Grégoire Leprince Ringuet) e do professor de italiano Nemours (Louis Garret). Quando Otto supõe que está sendo traído, ela diz-se ofendida e ele, angustiado, se suicida. O assédio do professor é protelado, com a jovem embarcando para longe da capital francesa. Como nos outros filmes, o cineasta elege a cidade como personagem, detalhando praças e ruas, colocando a ação no cenário (em termos teatrais) especifico.
Uma raridade é a comédia portuguesa “O Grande Elias” (1950) de Arthur Duarte. O argumento lembra as comédias que chegavam aos teatros brasileiros nessa época (e algumas chanchadas onde o enredo sobrepujava a parte musical). Trata de uma família destroçada, com o patriarca separado da esposa, perdendo fortunas no jogo. Recebe a informação de que uma tira rica (irmã do patriarca) vai chegar do Brasil. Esta supõe que seus familiares moram em um palácio e que possuem vários filhos pois manda dinheiro para cada um. Quem se oferece para salvar as aparências é Elias (o comediante Antonio Silva) que não só arranja um palacete que está sendo leiloado como se faz de mordomo. Ocorre que a visitante quer passar mais tempo em Lisboa e os “filhos”, que na verdade restringem–se à uma filha, são obrigados a aparecer...
Direção teatral e edição quase amadorística dão o tom que caracteriza um tempo e um tipo de cinema.

DVDs MAIS LOCADOS (FOXVIDEO)

Duplicidade
Anjos e Demônios
17 Outra Vez
Watchmen - O Filme
B13-U - 13º Distrito - Ultimato
Budapeste
Hannah Montana - O Filme
Heróis
Divã
Sede de Vingança





Nenhum comentário:

Postar um comentário