Estreiam hoje, nos cinemas da cidade, tres filmes: “Distrito 9”, “Te Amarei Para Sempre” e “A Palavra (En)cantada”.
No circuito alternativo encontra-se o clássico “Punhos de Campeão” de Robert Wise, 2ª feira, no Cine Clube Alexandrino Moreira (IAP) e, na 3ª feira, no Olympia, encerrando a mostra de filmes de novos cineastas franco-argelinos, o drama “França” de Serge Bonzon.
Dentre as continuações, o excelente “Up, Altas Aventuras” prossegue seduzindo as platéias e, somente no Moviecom Castanheira 4, “Uma Prova de Amor” de Nick Cassavetes que dividirá o espaço com “A Palavra (En) cantada”. (ver os horários).
“Distrito 9”(District 9/EUA, Nova Zelândia, 2008) é uma ficção-cientifica de teor critico elevado, atacando o “apartheid” com as armas das aventuras espaciais e toques de comédia.O filme produzido por Peter Jackson (de “O Senhor dos Anéis”) é dirigido por Neili Blomkamp, extraído de um roteiro do diretor e de Terri Tatchell. Trata de uma comunidade de extraterrenos em Johannesburg, figuras vindas em um disco voador em data não especificada. Os seres parecem gigantescos crustáceos e são aparentemente dóceis. Segregados pelo governo, passam a viver num gueto até quando começam a incomodar e a sugerir uma revolta. O movimento é explorado pelo burocrata Wikus van de Merwe (Sharito Copley) que se vê contaminando com o DNA desses alienígenas, transformando-se num híbrido entre ser humano e “camarão gigante”.A crítica exposta no roteiro é contundente no modo como vê o relacionamento de uma população especifica com uma etnia diferente acomodada em seu território. Não é à toa que a ação busca a África e não é à toa, também, que vê a animosidade étnica chegar a um povo simples, aos estereótipos de africanos que o cinema mostra por muitos anos. Afinal, o filme poderia se ambientar nos EUA como tantas aventuras de invasores de outro mundo e se definir nos efeitos especiais que esse tipo de filme requer. Mas é justamente por sua pretensão critica que o trabalho, relativamente modesto, sobressaiu não só diante da critica como do público internacional. E o que os críticos ressaltaram é que os novos ETs não são nem totalmente pacíficos nem invasores sanguinários. Tratados em uma narrativa que imita o documentário, assumem a identidade de um grupo intrometido, não interessa se angelical ou demoníaco.
“Te Amarei Para Sempre”(The Time Traver’s Wife/ EUA,2009) mescla romance e ficção-cientifica seguindo o personagem Henri de Tamble (Eric Banna) possuidor de um gene especial que o possibilita a viajar no tempo. Numa dessas viagens conhece e se apaixona por Claire (Rachel McAdams) que o vê partir, mas permanece na expectativa do retorno do amado no mesmo tempo e lugar (Tem alguma semelhança com o que foi visto em “Em Algum Lugar do Passado”, 1980). Direção de Robert Schwentk.
“A Palavra (En) cantada” (Brasil/2009) é um documentário dirigido por Helena Solberg sobre a música popular, a poesia e, praticamente, toda a literatura brasileira e a manifestação popular em torno. Os que já assistiram ao filme afirmam tratar-se de uma interessante pesquisa antropológica, apresentando entrevistas com compositores e/ou escritores como Chico Buarque, Maria Betânia, Lenine, Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhoto e Tom Zé e cenas de arquivo com números musicais de diversos ritmos. O filme ganhou um prêmio no Festival do Rio do ano passado. Exibe-se a partir de hoje, 16/10, na sessão Moviecom Arte (Shoppping Castanheira, sala 4 às 17h20).
E na próxima semana, com abertura no dia 21, no Cine Olympia, a VI MOSTRA CURTA PARÁ CINE BRASIL, uma realização da Central de Produção, exibirá 15 dos melhores curtas-metragens do Brasil, longas-metragens inéditos como “O Sol do Meio-Dia”, de Eliane Caffé, e “KFZ-1348”, de Gabriel Mascaro e Marcelo Pedroso. Lançamento do curta paraense “O Rapto do Peixe Boi” (Cássio Tavernard) e dos vídeos “Toque de Mestre” e “Bereiros”, resultado de oficinas do projeto Caravana da Imagem. Parabéns à Márcia Macedo e sua equipe.
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