Há uma hora
quinta-feira, 8 de julho de 2010
CINEMA NAS FÉRIAS
Nem todos programam suas férias para o meio do ano e, especialmente os que ficam longe das estações de veraneio, procuram o cinema como programa eletivo de divertimento ou cultura no período.
Antes a programação comercial da cidade levava em conta esse quadro e privilegiava títulos e horários visando principalmente o público infantil. Afinal, pensavam, era a faixa que mais circulava no mês de férias.
Hoje as estréias locais são globalizadas. E o termo não é mais um recurso de linguagem. Os filmes que estréiam nos cinemas de Los Angeles, no mesmo dia estão agendados e em exibição em nossa Belém do Pará. Claro que somente alguns filmes, no caso, os que consomem maior orçamento e conseqüentemente esperam uma resposta mais lucrativa. Como temos poucas salas, até agora todas de um mesmo exibidor (com sede no sudeste), o panorama é restrito. Mas não se pense que vai mudar. O relacionamento cinema – público é um circulo vicioso na medida em que os empresários buscam suprir seus custos operacionais em temporadas de titulo pretensiosos (em termos de comércio). O que acontece e tende a acontecer principalmente quando inaugurarem mais cinemas, é a chegada de mais cópias de um mesmo filme, sejam legendadas, sejam dubladas. Estas cópias disputarão – a julgamento estatisticamente comprovado - quem gosta do que vai ver (o velho refrão de que “é melhor ver de novo o prazeroso do que arriscar o enfadonho”).
Neste julho o “menu” dos 12 cinemas dispostos em 2 shoppings é restrito a “Eclipse”, terceira parte da franquia “Crepúsculo”, “Toy Story 3”, animação que fecha uma (boa) trilogia sobre brinquedos que precisam do afeto de seu dono, e “Shrek Para Sempre”, quarta aventura do ogro imaginado pela equipe de animação da empresa DreamWorks, inaugurando por aqui as projeções em 3D (vale dizer as modernas formas de projeção, pouco a ver com o que se viu há mais de 50 anos com “Museu de Cera” e outros espetáculos).
A oferta vai ficar entre as salas ocupadas com “Eclipse” dublado e legendado, “Toy Story 3” da mesma forma, e “Shrek Para Sempre” com uma cópia em 3D e outras (sempre dubladas) em 2D.
Quanto às crianças vão ficar restritas aos dois últimos programas (“Eclipse” é indicado para maiores de 12 anos). Vale dizer que elas vão bisar programa. E os pais certamente as acompanharão. Rever “Toy Story 3” certamente não parece sacrifício.
Quanto ao plano especial de exibição, tende a abrir espaço para os mais exigentes. Mas até aí há restrições. O cinema Olympia, por exemplo, que hoje é um espaço da Prefeitura Municipal de Belém teve as suas vesperais domingueiras suspensas durante todo o mês de julho. Os funcionários da casa estarão, ao que se diz, ocupados em outros programas da administração municipal. Ficam apenas as sessões noturnas habituais. Vale dizer que nesse horário não vão estar presentes os nossos infantes que poderiam aproveitar o período para uma “esticada” ao cinema até porque o Olímpia não cobra ingresso. Por outro lado, o Cine Estação também não fechou programa e nem mais fala nas matinais domingueiras que atraiam expressivo público.
Fica o Cine Libero Luxardo, com sessões normais de 5ª a domingo às 19 h e em sábados alternados, a chamada Sessão Cult da ACCPA, proximamente com “Os Imperdoáveis”, western premiado de Clint Eastwood (a sessão valerá como uma homenagem ao ator-cineasta por seu 80° aniversário) e a animação italiana “Música e Fantasia”.
Também há o programa do Cine Clube Alexandrino Moreira, no IAP ( às 2as feiras), com “Mamãe Faz Cem Anos”de Carlos Saura (dia 19) e “Solaris” de Andrei Tarkovsky (dia 26). E as sessões do Cine Clube Pedro Veriano (Casa da Linguagem)às 3as.Feiras, não se sabendo quais os filmes nacionais das próximas semanas, ficando para o dia 27 “Cinema Paradiso” de Giuseppe Tornatore dentro do programa “Cinema sobre Cinema” planejado pela ACCPA.
Enfim, isso é o que se sabe e o que se oferece para quem fica na cidade. Mais cinema pode ser encontrado nas locadoras de vídeo. Nesse espaço a oferta é grande e variada. Ainda bem.
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