sexta-feira, 27 de agosto de 2010

“MOBY DICK” NA CINEMATECA





Este domingo estará de volta ao cinema Olympia a “Sessão Cinemateca” programada pela ACCPA. E será com o clássico “Moby Dick”, de John Huston, interpretado por Gregory Peck e Orson Welles. O lançamento se prende a recente exibição de “Capitão Achab”, de Philippe Ramos, uma concepção da obra literária de Herman Melville que vê o personagem, um obsessivo caçador de baleia, na sua infância e juventude. Em “Moby Dick” a ação se limita à perseguição do cachalote branco que mutilou Ahab (ou Achab), terminando com a sua luta com o que se chamou de “Fera do Mar” (subtítulo do filme em português).
A sessão Cinemateca será, como de habito, às 16 horas com ingresso franqueado.

Nesta 6ª Feira há uma novidade: a exibição do filme “de ação” dirigido por Robert Luketic (o mesmo de “Verdade Nua e Crua”) “Um Par Perfeito”(Killers, EUA, 2010, 90 min.), com Ashton Kutcher, Katherine Heigl (da série de tv “Grey’a Anatomy) e o veterano Tom Selleck. No argumento, Spencer(Ashton) é o namorados dos sonhos de Jan (Katherine) mas o que parece ser o par ideal revela-se um pesadelo quando ela descobre ser ele um matador a serviço do governo e na mira da morte de adversários. Ao que tudo indica mais um filme de heróis e vilões com muito barulho e nenhuma substancia.

Mais ou menos nesse tom, assisti a “Os Mercenarios”(Expandable, EUA, 2010) de Sylvester Stallone, que será alvo de comentário neste espaço, na próxima semana. Uma produção que o ex-Rocky e Rambo protagonizou no Rio de Janeiro e que causou protestos quando ele revelou, em uma entrevista, que “filmar ali (no Rio) seria como matar à vontade e todo mundo rir, agradecendo com o presente de um macaquinho à guisa de lembrança”. Certo que depois o ator-diretor se desculpou mas o mal estava feito. E não precisava nem ter viajado. Seu filme é ambientado numa região em que se fala espanhol e tem o caráter de uma “homenagem” ao gênero que abraçou nos anos 1980, inclusive com a reunião de estrelas desse nível, até mesmo do agora governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger.

Interessante neste final de semana é a volta ao cartaz da programação extra do misto de animação e musical “Musica e Fantasia” (Allegro,non Troppo) de Buno Bozzetto. Realizado para ser uma parodia do clássico “Fantasia” da equipe de Walt Disney acabou ganhando público por sua própria condição de comédia, intercalando os números musicais animados e situações de chanchada onde o próprio diretor atua. Quem viu o filme no saudoso Cinema 1 lembra de pelo menos duas sequencias: a que ilustra “Bolero” de Ravel e a de “Valsa Triste” e Sibelius. Na primeira, uma garrafa de Coca Cola atirada de uma nave espacial dá inicio ao processo de evolução das espécies relatado por Darwin; e na segunda, um gato percorre espaços e lembra a casa onde morou, hoje em ruínas. Cenas da família que viveu na casa seguem os tons da musica enfatizando o que propõe os acordes muito bem ilustrados. O filme estará até domingo no Olímpia em horário habitual do cinema, ou seja, às 18h30. Ingresso franqueado.

Ainda é possível assistir, hoje, a dois programas interessantes: o polêmico “A Origem”, motivo de muita discussão de amigos em reuniões diversas, e “Meu Malvado Favorito”, uma animação que pode não apresentar novidade mas consegue ser extremamente divertida.

No plano bem inferior está a decepção de “O Ultimo Mestre do Ar”, obra que deixa dúvida a quem vinha acompanhando com interesse a trajetória do cineasta M. Night Shyamalan, responsável por títulos marcantes como “O Sexto Sentido” e “Corpo Fechado”. Tentando a linha da ficção infanto-juvenil ele lança o que pensa transformar em uma série, mostrando um avatar com jeito de ninja interpretado por um garoto calouro que se mostra sem direção nas seqüências.

E por falar em programas ruins, o ano está cheio. A crítica local ainda não conseguiu chegar aos 10 títulos do final do ano (e nos outros anos isto já era conseguido em agosto). A salvação continua sendo as cópias de filmes que chegam em DVD.

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