Hollywood entregou no último final de semana os prêmios SCREAM, dados a filmes que se dedicaram ao suspense & fantasia ou, como o nome da premiação indica, os filmes capazes de provocar gritos da platéia.
O vencedor foi “Harry Potter a Relíquia da Morte 2ª. Parte”(Harry Potter and the Deathly Hallows –Part 2), seguindo o vencedor do ano passado (a 1ª.Parte do último filme da franquia baseada nos livros de JK Rowlings). Os atores Daniel Radcliff e Ralph Fiennes, do mesmo filme, foram contemplados respectivamente como melhor ator em fantasia e melhor vilão. O filme também ganhou o prêmio de melhor roteiro.
“O Cisne Negro” agraciou o diretor Darren Aronofsky o “Scream” de melhor diretor e, pelo mesmo filme, Natalie Portman e Mila Kunis ganharam como melhor atriz principal e melhor coadjuvante respectivamente.
“Super 8” de JJ Abrams, produzido por Steven Spielberg, foi o vencedor na categoria de ficção-cientifica. Mila Jovovich arrebatou o prêmio de melhor atriz desse gênero por seu papel em “Resident Evil After Life”.
Chris Evans foi considerado o melhor intérprete em filme de super-herói por “Capitão America”. E “Scott Pilgrim VS The World” foi o melhor filme de quadrinho cômico, assim como o escolhido por ter a melhor cena de luta.
O melhor filme na categoria independente foi “Monstros”, enquanto que o recente “Piratas do Caribe On Stranger Tides” ficou com a melhor seqüência de perseguição, deixando para o “Piranha 3D” a categoria de “mutilação” (não posso dizer se é devido aos esquartejamentos produzidos pelo peixe ou pela qualidade do filme).
O novo“Transformers” foi o melhor em 3D. Ganharam prêmios honorários: Robert Downey Jr. e Nicolas Cage. O primeiro vem provando a sua versatilidade em comédias, filmes de ação e títulos mais densos fugindo às intempéries que se acumularam no tempo em que esteve atolado em anfetaminas. Mas Cage não convence desde a aventura policial que fez para Werner Herzog: ”Vicio Frenético”(2009).
O evento encerrou com previews, ou seja, em pré-estréias, como a do primeiro filme de terror estrelado por Daniel Radcliff intitulado “The Woman in Black” e, ainda, de “Ghost Rider: Spirit of Vengeance” e “Paranormal Activity 3”,(com estréia anunciada para amanhã, sexta, 21, nos cinemas brasileiros). E com prêmios aos atores do filme mais aguardado: "Batman, The Dark Kinght Rises": Anne Hathaway , Joseph Gordon-Levitt e Gary Oldman.
Como se observa, o cinema comercial ganha loas de especialistas em produções ligadas ao mercado especifico. No caso, o cinema “de emoções”, tendo-se por isso o que promete sustos e satisfaz um tipo de público que vai às salas escuras para se divertir, se possível aludindo ao que gosta de ver ou brincar em casa, como os diversos jogos e, obviamente, os filmes do gênero feitos em outros tempos ou diretamente para a televisão. Com isso, a indústria vai se mantendo em alta, apesar das crises econômicas que abatem os diversos países atualmente. Essa “louca paixão” pelo divertissment será sempre a dosagem dos produtores para estabelecer seus limites com a arte. Esta última, quem produz e cria, somente os loucos de plantão. Mas também vai ganhando uma ou outra possibilidade de manter um status no pódio do interesse de alguns. Assim, não desaparece. Escasseia.
REGISTRO
A semana passada a morte levou dois nomes ligados ao cinema: o humorista José Vasconcelos, que para as câmeras de cinema e TV foi intérprete de 14 filmes e escreveu um. Os mais conhecidos: “Os Maridos Traem e as Mulheres Subtraem”(1970, de um roteiro seu), além de dois filmes dos Trapalhões: “No Reino da Fantasia”(1985) e “No Rabo do Cometa”(1986). Como coadjuvante estrelou “O Casamento de Romeu e Julieta”(2005), uma comédia interessante dirigida por Bruno Barreto.
O outro que se “encantou” foi Leon Cakoff, criador da Mostra de Cinema de S. Paulo. Distribuiu filmes, produziu e chegou a dirigir o curta “Volta Sempre Abbas”(1999) e o documentário “Bem Vindo a S. Paulo”(2004). Foi, também, ator numa “ponta” como Getulio Vargas no longa”O País dos Tenentes”(1987) de João Batista de Andrade. Cakoff foi um apaixonado por cinema trazendo ao Brasil filmes que dificilmente alcançariam o mercado nacional. Uma perda irreparável para o incentivo ao bom cinema.
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