Com cópias bastante para mil cinemas no território brasileiro estréia “Amanhecer Parte 1” é o novo exemplar da franquia “Crepúsculo”. A outra estréia é o premiado “Tio Boonmee que Pode Recordar Suas Vidas Passadas” filme tailandês. No Olimpia a partir de 3ª.Feira.
“A Saga Crepúsculo: Amanhecer-Parte 1”(The Twilight Saga:Breaking Down/EUA<2011) chega em sua primeira etapa, a imitar o que a indústria cinematográfica fez com o último livro da série Harry Potter. É o lançamento mais ambicioso (para os comerciantes do ramo) nesta temporada que se pode chamar de pré-natal (os filmes da quadra natalina devem seguir, embora abra espaço para “Missão Impossível 3” no dia 22 de dezembro).
Neste que deve ser o derradeiro episódio da historia do vampiro juvenil e sua amada mortal, os enamorados vão, finalmente, se casar e a jovem Bella (Kristen Stewart) engravidar. Nessas alturas, Edward (Robert Pattinson), transforma a sua amada em vampiro como ele, ou seja, imortal. Nasce uma menina, Renesmee, e há uma reação da casta de vampiros em torno da possibilidade da garotinha fazer ou não parte do grupo.
Os livros de Stephanie Meyer venderam o bastante para ela mudar de gênero e continuar vendendo bem nas livrarias internacionais. O problema é que a autora mexe não só com o mito dos vampiros como de lobisomens e outros da cultura anglo-saxã. É uma salada de fantasmagoria aliada a um romantismo tradicional. Contam que a escritora imaginou seus personagens como um deleite pessoal e foi sua irmã que a aconselhou a publicação. Hoje Meyer é das mais bem sucedidas escritoras norte-americanas. O público jovem, principalmente, foi cativado pela idéia sem se dar conta do simbolismo que sempre pautou o vampirismo como uma forma até mesmo poética do erótico (Roger Vadim viu isso no seu filme “...Et Mourir de Plaisir”- Rosas de Sangue/1960). Cópias dubladas e legendadas nos dois circuitos exibidores que atuam em Belém.
“Tio Boone Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas” (Loong Boonmer realeuk chat/Tailandia,2010) ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes do ano passado. É uma obra bem pessoal do diretor Apichatpong Weerasethakul. Em linguagem muito diversa do comum em filmes comerciais, conta a historia de um homem velho, doente dos rins, que se isola na floresta e passa a ver a esposa falecida e um filho que surge na forma de animal. Juntos, eles passam a divagar sobre segredos de uma caverna próxima.
O filme cativou a critica mais radical em Cannes. Um crítico qualificou-o como o exemplar mais característico do que se vê como “filme de arte”. Vai estar em cartaz no cine Olympia por uma semana, em película, provavelmente garantindo vaga entre os melhores do ano para alguns colegas da ACCPA.
“Terra de Ninguém” (Badlands/EUA,1973) é o primeiro longa-metragem de Terrence Malick, o diretor do hoje aclamado “A Árvore da Vida”. O roteiro (do diretor) reporta a trajetória de um criminoso que apavorou a região de Dakota nos anos 1950 (Martin Sheen). A ele se junta uma jovem enamorada, Holly( Sissy Spacek). O destino cruel dos personagens passa em uma linguagem objetiva que valoriza bastante a paisagem ambiente, uma característica do cineasta. Malick ganhou o prêmio do Festival de San Sebastian e o filme foi candidato ao Bafta(Oscar inglês). Exibição na Sessão Cult de amanhã do Cine Libero Luxardo (16 h), promovida pela ACCPA.
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