Novos
programas em DVD “entram em cena” na sessão diária de quem, além da atividade
para este jornal, tem interesse em assistir às novidades que são lançadas nesse
circuito de vídeo. Esta semana assisti alguns inéditos e outros não.
“Menino
de Ouro”(Foster/UK 2010, foto) é uma raridade posto que um filme subestimado, exibido
em brancas nuvens fora de seu país natal, a Inglaterra. O diretor-roteirista
Jonathan Newman havia filmado a mesma historia, em um curta-metragem de 2005. Considerou
ampliar para o longa tendo de mudar o ator infantil, Preston Nyman, hoje com 15
anos. Achou Maurice Cole. E ele é o perfeito Eli (antes e chamava Zach), um
misterioso garoto de 7 anos que surge no orfanato onde um casal procura adotar
uma criança para minorar a dor da perda do único filho, vitimado por aceidente
de carro e, pela incapacidade da mãe (Zooey/Tony Collete), apenas no entender
dela (não dos médicos que a assistiam) em gerar outra criança. Eli acena para
quem seria a sua mãe adotiva. E aparece na casa dela, viajando de taxi, com
papéis de adoção sem que o tratamento burocrático para isso tivesse sido concluído. Como a diretora
do orfanato é acidentada e não pode responder pelo caso, o menino vai ficando
em um novo lar e as suas atitudes, próprias de adulto, geram entusiasmo
especialmente por Alec (Joan Gruffud) o pai adotivo, diretor de uma fábrica de
brinquedos e está próximo de ir à falência com a crise econômica do momento. Em
tudo o garoto Eli dá o seu palpite dando jeito. Veste-se sempre num figurino
clássico - paletó, gravata e chapéu – e diz que “um homem deve estar sempre bem
vestido”. Complementando o mistério, há um mendigo no jardim e no cemitério
próximos à casa de Alec & Zooey, que diz acreditar em fadas e não se furta
em aceitar uma ceia de Natal com a família do amiguinho excêntrico.
O
filme é desses que hoje causa estranhamento na produção de um cinema
pretensamente realista. O tom de fábula, acima de um conto de Natal
melodramático, implica numa atenção com risos e lágrimas dos espectadores. Os
interpretes fazem a festa, especialmente o garoto Maurice que mesmo pesquisando
na web não consegui encontrar nenhum dado sobre ele, salvo o ter participado, depois
deste “Menino de Ouro”, em um episódio da telesérie “Doctor Who”(2011). Ele é
uma graça na sua pose de homenzinho sabido (e, na verdade, mais alguma coisa
que se vai saber durante o filme).
O
programa “all family” de boa qualidade que chega às locadoras. Aproveitem.
Premiado
internacionalmente “Missão do Gerente de
Recursos Humanos”(The Human Resources Manager/Israel,2010) trata da morte da
funcionária romena de uma indústria de massas em um atentado terrorista em
Tel-Aviv. O gerente que dá título ao filme leva o corpo para a terra dela, mas
a mãe da morta explica que a jovem filha não gostava dali, que seu sonho era
morar em Israel. Começa então a viagem de volta que é feita num tanque de
guerra uma vez que o veiculo da viagem inicial foi danificado. Uma critica à burocracia e uma metáfora da
situação política atual do Oriente Méio. Direção de Eran Rikus. Imperdível.
Inédito por aqui.
Outro
filme inglês inédito nos cinemas é “Reflexos”(Broken/UK 2010). A superstição de
que um espelho que se quebre é azar para quem quebrou mescla-se com “Alice no
País do Espelho” de Lewis Carrol. Uma radiologista é a peça mais importante
dessa trama de terror cuja narrativa se mostra confusa numa linguagem
pretensiosa. Mas que não deixa de ser interessante. Direção e roteiro de Sean
Ellis. Fotografia premiada no Stiges (Festival de Catalonia).
Na
oportunidade, retorno á uma lista de 5 DVDs indicados por este espaço aos
leitores. E solicito àqueles que assistirem a um bom programa nessa mídia,
podem mandar para a colunista que publicarei nesta seção. É um serviço aos que
andam à cata de bons dvds.
DVDS
INDICADOS
1.
Menino de Ouro
2.
Missão do Gerente de Recursos Humanos
3.
Toda Forma de Amor
4.
O Pequeno Polegar
5.
Reflexos
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