sexta-feira, 6 de abril de 2012

CEM ANOS DE CINEMA


"O Evangelho Segundo São Mateus" de Pier Paolo Pasolini. Hoje, Sexta Feira
  no Olympia
O cinema Olympia comemora seu centenário. Está entre os mais antigos do mundo se contabilizado os fatos de que jamais saiu do lugar (ou mesmo sofreu ampliações), não mudou o nome e nem parou por mais de 8 meses. Esta recorde que orgulha os paraenses culminará no próximo dia 24, a data do invejável aniversário.
Um programa especial de exibições de filmes foi marcado para festejar o centenário. E o critério da escolha dos títulos foi baseado no que cada um representou na história da casa. Os organizadores não vão se limitar a isso. Depois haverá um programa com base na escolha feita pelos frequentadores desse cinema, seguindo-se uma semana de filmes mudos, sugestão também de frequentadores, exibindo-se algumas produções com interpretações de astros como Rodolfo Valentino, Pola Negri, Douglas Fairbanks, sem esquecer os comediantes imortais como Max Linder, Charles Chaplin, Buster Keaton, Harold Lloyd ou o Gordo (Oliver Hardy) e o Magro (STan Laurell). Tudo com base em programas exibidos pelo próprio Olympia em várias épocas.

Na mostra atual, iniciada na 3ª feira última com “Alvorada do Amor”(por ser o primeiro filme sonoro a ser lançado em Belém), será exibido hoje, em caráter especial por se tratar da Semana Santa, “O Evangelho Segundo S. Mateus”(Il Vangello Secondo Mateo/Itália, 1964) de Pier Paolo Pasolini. Na 2ª feira será a vez de “A Volta ao Mundo em 80 Dias”(Around the World in 80) Days/EUA/ 1956) de Michael Anderson, escolhido por ter sido o filme que inaugurou as poltrinas estofadas e ar condicionado da sala. Em seguida será a vez de “Sinfonia de Paris”(An American in Paris/EUA, 1951) musical muito aplaudido e vencedor do Oscar com direção de Vincente Minnelli e Gene Kelly. Os demais programas são:  “Neste Mundo e No Outros”(A Matter of Life and Dead/Ingl 1946) de Michael Powell e Emeric Pressubuger, cativante sátira inglesa à própria cultura do país na visão de um soldado que teria de morrer na 2ª Guerra e, por ter escapado e ser inglês, merece uma perseguição espiritual. Finalmente, serão exibidos “Viridiana”, primeiro filme das matinais “cinema de arte”ocorridas nos sábados de manhã entre 1997/98, “O Império dos Sentidos” (Taho no Akaba/Japão, 1973) de Nagisa Oshima, o titulo que marcou o fim da censura exacerbada no governo militar, e “Syriana”(2005) de Stephen Gagham titulo que seria o ultimo do tradicional cinema se o prefeito da cidade não interferisse (em 2006).
         A mostra dos espectadores, composta de títulos sugeridos pelos que frequentaram as sessões do Olympia ao longo dos anos, está composta dos seguintes títulos: “Rocco e seus Irmãos”(Rocco i suo Fratelli/Itália, 1960); “Rebeca, a Mulher Inesquecivel” (Rebecca/EUA,1940) de Alfred Hitchcock; “O Sexto Sentido”(The Sixth Sense/EUA,1999) de M.Night Shyamalan; “La Violetara”(Espanha, 1958) de Luis Cesar Amadori; ”A Noviça Rebelde”(The Sound of Music/EUA,1965) de Robert Wise; “Quanto Mais Quente Melhor”(Some Like it Hot/EUA,1959)de Billy Wilder; “Pacto Sinistro”(Stranger in a Train/EUA, 1951) de Alfred Hitchcock; “Macunaíma”(Brasil, 1970) de Joaquim Pedro de Andrade; “A Rosa Púrpura do Cairo”(The Purple Rose of Cairo/EUA, 1985) de Woody Allen, “Zelig”(EUA,1983) de Woody Allen,”Romeu e Julieta”(Romeo i Giulietta/Itália 1953)De Renato Castellani,e “O Cangaceiro”(Brasil, 1953) de Lima Barreto.

Além dessas mostras haverá uma especial dedicada aos filmes do período silencioso. Devem figurar: “Os 4 Cavaleiros do Apocalipse”(The Four Horsemen of the Apocalpse/EUA,1921) de Rex Imgram com Valentino e Alice Terry; “A Mulher na Lua” (Women in the Moon/Alemanha, 1928 )de Fritz Lang, “Ben Hur”(EUA/1923) de Fred Niblo com Ramon Novarro; “Casamento ou Luxo”(A Woman of Paris/EUA,1923) de Charles Chaplin; e “Lirio Partido”(Broken Blossons/EUA,1921) de David Grifith com Lilian Gish.

Mas nem só de filme estrangeiro será festejado o centenário do Olympia. Está sendo ppreparada uma semana de filmes paraenses, onde os longa metragens de Líbero Luxardo e documentários e ficção dos nossos curtametragistas farão a nossa presença cinematográfica nessa festa cultural e do coração. Aguardem.

2 comentários:

  1. Oi, Luzia!
    Estou vendo com muito "bons olhos" esta homenagem ao velho Olympia de guerra!
    Abraço,
    R.Secco

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  2. Fazendo um teste para entrar no blog.

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