Na área extra prossegue “Fausto”, de Alexandr Sokurov, no Cine Estação (de hoje a domingo), já considerado um dos melhores filmes deste ano pela critica local. E, no Olympia, segue a mostra de melodramas com títulos que marcaram época.
“007 Operação Skyfall” (EUA,
2012) é o 23º filme do personagem criado por Ian Fleming. Com exceção de Tarzan
ele é o mais duradouro tipo em aventuras filmadas. Desde 1962, ou seja,
exatamente há 50 anos, quando estreou “O Satânico Dr No”(Dr No), essa figura já
teve as caras dos atores: Sean Connery (6 filmes), George Lazenby (1), Roger
Moore (7), Timothy Dalton (2), Pierce Brosnan (4) e agora Daniel Craig(3).
O personagem 007 ganhou fama
quando o então presidente John Kenneedy disse,numa entrevista, que seu livro de
cabeceira, na época, era “Dr No”. Logo os produtores Harry Saltzman e Albert
Broccoli assumiram a tarefa de levar a trama ao cinema e escolheram o ator
escocês Sean Connery para o papel principal. Iniciava-se a grande franquia que
resistiu ao autor da obra literária original e hoje se adapta às novas
tecnologias adentrando pelo terreno da ficção cientifica.
O novo
filme, um detalhe do passado de Bond (Daniel Craig), leva-o a um conflito com M
(Judi Dench), sua chefa imediata, e um motivo de suspense quando entra em cena
M16. Alias, o diretor Sam Mendes evitou contar a trama para a imprensa
internacional. O trailler já mostra que Bond fica em perigo de morte. Mas isso
não é novidade. Resta saber como esse perigo vai prender o espectador na
poltrona do cinema por mais de duas horas.
“Gonzaga De Pai Pra
Filho”(Brasil, 2012) é dirigido por Breno Silveira (de “Os Filhos de Francisco”
e do recente “Na Beira do Caminho”) e se baseia em entrevista com Gozaguinha, o
filho do Rei do Baião, falecido prematuramente em um desastre. Há menção ao
relacionamento tumultuoso entre pai e filho e a infância difícil do músico.
Muito se
espera desta homenagem ao compositor e sanfoneiro que faria 100 anos neste
2012. As filmagens foram feitas na terra dele, Exu (Pe), e no Rio de Janeiro. O
filme ganha lançamento nacional e tem Júlio Andrade como Gonzaguinha e Nivaldo
Expedito de Carvalho como Gonzagão (ou Lua). No cinema Olympia encerra-se a mostra de melodramas clássicos hoje com “Madame X” e amanhã com “Amar foi Minha Ruína”. No domingo haverá um programa especial de filmes de animação (curta metragem) homenageando o dia consagrado a esse gênero de cinema. E na 3ª feira inicia uma nova mostra, desta vez dedicada aos melhores filmes dirigidos por Alfred Hitchcock. Serão exibidos: “O Homem que Sabia Demais”, “Intriga Internacional”, “Janela Indiscreta”, “Os Pássaros”, “Um Corpo que Cai” e “Psicose”.
“Amar foi minha Ruina”(Leave her
to Heaven/EUA,1946) baseia-se no livro de Bem Ames Williams e focaliza uma
socialite (Gene Tierney) que se casa com um homem(Cornel Wilde) que conheceu
numa viagem de trem desprezando o interesse que por ela tinha um politico (Vicent
Price) em ascensão. Desfazer o casamento sem perder status, além de alimentar
ciúmes da irmã (Jeanne Crain), faz com que ela tome atitudes dramáticas. O
desempenho de Tierney foi muito elogiado e ela chegou a ter uma indicação(a
única de sua carreira)ao Oscar. Direção de John M. Stahl.
“Madame X”
(1966), filme
de David Lowe Rich deu motivo a uma das primeiras telenovelas brasileiras (“A
Ré Misteriosa”, na TV Tupi). No filme, Lana Turner protagoniza a mulher
fracassada no casamento que se torna criminosa e é defendida em júri pelo filho
que não sabe ser ela a sua mãe. As sessões do Olympia são sempre às 18h30 e o ingresso é gratuito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário