John Deep é o "jornalista bêbedo" no filme de Bruce Robinson. Em DVD.
Ridley
Scott , diretor de clássicos como “Blade Runner” e “Gladiador”,voltou ao espaço
cinematográfico com “Prometheus”(EUA/2012), o que seria uma “explicação” para a
origem dos monstros alienígenas que atacavam uma tripulação de nave espacial em
“Alien, O Oitavo Passageiro”. De fato, o filme caminha nesse sentido. O filme
revela que no ano estimado como 2096, uma astronave segue da Terra rumo a um
planeta de outro sistema solar onde teria sido descoberto vestígio de seres
inteligentes, quem sabe, os antecessores dos humanos. Os astronautas encontram,
de fato, sinais de vida inteligente numa caverna, mas logo depois disso uma
série de acontecimentos dramáticos se fazem sentir e os seres de “Alien” surgem
como uma casta desses seres diabólicos.
O roteiro
é curioso, mas deixa furos. No final, a protagonista da historia, Elizabeth
Shaw (Naomi Rapace), continua procurando o ser que nos originou. Margem para
“Prometheus 2” que está sendo anunciado para o próximo ano e que tem Naomi e
Michael Fassbender (o robô do filme que ora chega em DVD), como principais
interpretes.Mas essa busca está longe de atingir a inspiração filosófica do
“2001” de Kubrick & Arthur C.Clark. “Prometheus”está sendo lançado em DVD
simples, Blu Ray e Blu Ray 3D.
Um filme
interessante que também assisti em DVD foi “O Diário de um Jornalista Bêbado” (The
Rum Diary/EUA,2011) baseado em um livro de Hunter S.Thompson e com direção de
Bruce Robinson, autor do roteiro adaptado. Focaliza Kemp (Johnny Depp),
jornalista voltado à bebida que procura emprego num jornal da Costa Rica. Chega
na hora em que um colega é despedido, mas o jornal está em decadência e é
difícil manter uma linha de conduta política quando é sabido que há exploração no
entorno, por empresários norte-americanos. A independência da postura de Kemp e
seu envolvimento com Chenault (Amber Read), namorada do também jornalista, mas
adaptado às manhas do sistema, Sanderson (Aaron Eckhart), levam o personagem de
Depp à perigosa aventura que lhe
acarreta até uma prisão.
O filme é
bem narrado, mas o roteiro esquematiza os tipos de forma a evidenciar
inverossimilhanças de certas posturas (não conheço o original literário). No
fundo uma critica ao momento em que Porto Rico, de cultura hispana, passa para
a órbita dos EUA. Filme inédito nos cinemas de Belém.
“Pacto de
Vingança”(Breaking the Girls/EUA,2012) é outro programa do cinema caseiro desta
semana. Configura episódios de telesérie mediana (tenho as minhas preferidas e posso
dizer que assisto as melhores). Trata de uma jovem universitária cursando o
segundo ano de Direito no Browning College. Tornando-se a principal protegida
de sua colega de classe Alex, as duas passam a ser cúmplices em brincadeiras
mórbidas. O
relacionamento revela-se uma forma de arquitetar assassinatos. E não apenas um.
E começa com uma proposta de troca de crimes, lembrando o excelente “Pacto Sinistro”
de Hitchcock. São bons os desempenhos das novatas Madeline Zima e Agnes
Burckner e, a direção de Jamie Babbit, veterana de TV, trata o roteiro
linearmente como se estivesse trabalhando no seu setor. Para um fim de noite
sem qualquer compromisso quando a opção é mesmo curtir o que se vê. Merecemos
um tempo de “divertissment”, não?
AINDA OS MELHORES
DO ANO
Conforme
solicitei aos leitores e aos colegas da crítica, recebi do José Augusto Pacheco
uma relação de filmes que podem estar na lista dos melhores do ano. Dois
títulos haviam sido injustamente esquecidos na relação que já publiquei
anteriormente. Ambos exibidos no Cine Estação: “A Separação”, iraniano vencedor
do Oscar de melhor filme estrangeiro, e “O Garoto da Bicicleta”
(Le
gamin au vélo, 2011). Sobre
eles e mais no assunto estarei tratando no correr da semana.
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