Eddie Izzard é Antony em "Um Toque de Felicidade"
Em DVD, estão sendo lançados alguns
filmes que se apegam a elementos fantásticos como base narrativa. É o caso de “Budy
Sparks, A Namorada Perfeita” (Budy Sarks/EUA, 2011) ao tratar de um jovem
escritor que personaliza a figura ideal de seu novo romance, uma garota que
encontra em um parque e que passa a fazer parte de sua rotina. Ela é imaginária
e o ajuda a criar o melhor romance. Direção de Jonathan Dayton com roteiro de
Zoe Kazan, neta do diretor Elia Kazan. Inedito em nossos cinemas.
“Um Toque de Felicidade”(Lost
Christmas/EUA, 2011) é um conto natalino em que entra em cena um personagem
fantástico capaz de inverter a historia e/ou manipular situações de diversas
maneiras. O menino Richard, conhecido como Goose (Larry Mills) ganha de Natal
um cachorrinho. O pai convida-o a passear com o animal, mas como bombeiro é
chamado para um trabalho. Decepionado com a quebra do trato do pai, o garoto esconde
a chave do carro. Mas o pai não desiste e sua esposa se prontifica a deixá-lo
no lugar do trabalho. No percurso, morrem os dois em um desastre. Um ano depois
se vê o menino transformado em “trombadinha” fazendo pequenos roubos para um amigo
de seu pai que se transformou em receptador. Entra na historia o aparente
mendigo Anthony (Eddie Izzard). Depois de muitas lições a Goose, o estranho faz
com que as coisas se invertam, não sem criar uma corrente de novas situações
interrelacionadas. Mas é bom ver o filme sem saber de detalhes. É um típico
relato de Natal na linha de Charles Dickens. Boa narrativa. Direção e roteiro
de John Hay, vindo da TV inglesa.
“Tudo em Familia”(Straight’t A’s/EUA, 2013)
é o sexto filme do diretor James Cox. Trata de Scott (Ryan Phillipp), um
ex-interno em hospital psiquiátrico presumivelmente por excesso do uso de
álcool e outras drogas, que certo dia chega na casa do irmão (Luke Wilson), em
Louisiania casado com sua ex-namorada. Esse retorno de Scott é para atender ao
pedido do espírito de sua mãe falecida. O irmão vive viajando a negócios e o
casamento não anda bem. Mas o casal de crianças, seus sobrinhos, logo devotam a
ele grande estima. Scott sabe cativar os menores e inclusive ajuda o menino
Charles (Riley Thomas Stewart) a se desinibir (andava sempre de paletó e
gravata e tinha dificuldade em se expressar na escola).Paralelamente retoma a
paixão que tinha por Katherine (Anna Paquin) agora sua cunhada. No final há uma
surpresa e uma aposta na consistência do que dá ao filme o titulo brasileiro (“tudo
em família”). Outro inédito nos cinemas que vale a pena conhecer.
“Para Roma Com Amor” é o novo Woody
Allen (aliás, ele já tem um outro filme pronto). Seguindo a sua jornada
europeia, depois de Barcelona e Paris chega à capital italiana onde focaliza
varias histórias perseguindo o estilo das comédias de Dino Risi, Mario
Monicelli e outros cineastas do cinema italiano de algumas décadas. O próprio
Allen assume um hilariante papel, protagonizando um agente teatral que vê
talento no futuro sogro de sua filha e o leva ao palco mesmo com a sua mania de
só cantar no chuveiro. O comediante Roberto Benigni (de “A Vida é Bela”) tem um
excelente desempenho em uma das historias. E isso é raro.
“Intocáveis”(Untochables/França 2011)
foi um dos melhores filmes do ano passado não só na relação geral da ACCPA como
para a crítica brasileira de um modo geral. Além disso, foi a maior bilheteria
francesa em muitos anos. Dirigido por Eric Toledano trata de um tetraplégico
(François Cluzet) que contrata para ajudá-lo um ex-presidiário (excelente Omar
Sy). Eles se tornam amigos apesar das diferenças culturais, sociais e
psicologicas. Um filme estimulante de um quadro dramático. Foi aplaudido aqui
também, quando exibido numa sala de cinema. Imperdível.
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