"Gigi", filme a ser exibido nesta nova Mostra de Filmes Românticos/Olympia
O sucesso
da Mostra De Filmes Românticos, apoiada pela ACCPA, leva, ao centenário Olympia,
uma segunda semana do gênero. Afinal, o velho cinema foi palco da recíproca de
espectadores que unidos sentiam os dramas e comédias que envolviam personagens
de ficção. E a música desses filmes geralmente os fazia colar na memória de
quem os assistia.
A nova
temporada do gênero que começa amanhã, sexta feira, terá títulos que de alguma
forma marcaram época. São eles: “Tarde Demais Para Esquecer” (Na Affair to
Remember, EUA, 1957), “Gigi” (EUA, 1958), “Ghost, Do Outro Lado da Vida”(Ghost,
EUA, 1990), As Pontes de Madison”(The Bridges of Madison County, EUA, 1995), “Brilho
Eterno de Uma Mente sem Lembranças”(Eternal Sunshine of Spotless Mind, EUA,
2004) e “Houve Uma Vez Um Verão”
(Summer’42, EUA, 1971, 103 min.).
“Tarde
Demais Para Esquecer”(An Affair to Remember/1957) é a refilmagem pelo mesmo
diretor, Leo McCarey, de “Duas Vidas”(Love Affair) que ele realizou em 1939, nessa
versão contracenando os veteranos Charles Boyer e Irene Dunne. Na nova versão,
usando o cinemascope & cores, o par romântico é composto por Gary Grant e
Deborah Kerr. Segue o mesmo argumento, ou seja, o casal que se conhece em
viagem de cruzeiro, marca encontro no alto do edifício Empire State(NY). A música
de Harry Warren e Harold Adamson especialmente a canção com letra do próprio
diretor do filme, ficou na mente de quem assistiu ao filme. Um dos românticos
da vez, diga-se, pois encontros e desencontro levam a quebra da corrente do
amor.
“Gigi”,
de Vincent Minelli, é um de meus filmes preferidos. Vejo e revejo a cópia
sempre me encantando com a leitura que faço dos tipos femininos da “belle
epoque” francesa que eram colocados no “grand monde” para “servir os homens”. E
a garota quase cai nessa. Leslie Caron é a personagem criada pela escritora
Colette e Louis Jourdan o milionário conquistador que a trata como criança e
descobre que já é mulher feita. As canções de Frederick Loew e Alan Jay Lerner
e a presença carismática de Maurice Chevalier fazem a festa que recebu 9 Oscar
e entre nós inaugurou o Cine Palácio em, 1959.
“Ghost-
Do Outro lado da Vida” foi o maior sucesso de publico em Belém que se tem
noticia. Ficou em cartaz durante 6 meses, no antigo Cine Palácio (1.600
lugares) e depois fez carreira em outras salas como o Nazaré I e o Cinema I. O
ator Patrick Swayze ( já falecido) protagoniza o jovem namorado assassinado por
um colega e, em espírito, acompanha a namorada interpretada por Demi Moore, com
o auxilio da médium (Woopy Goldberg). Também neste caso, a música “Unchained Melody" (de Alex North e Maurice Jarre)
marcou. Ainda hoje figura nas coletâneas de trilhas sonoras cinematográficas. O
filme ganhou Oscar de roteiro (de Bruce Joel Rubin que faria outra obra de tema
espírita, “Alucinações do Passado”(Jacob’s Ladder/1990) e dirigiria um outro roteiro
escrito por ele, “Minha Vida”(My Life/1991). Outro Oscar do filme foi para a
atriz coadjuvante (Whoopi).
“A Ponte
de Madison”, de Clint Eastwood, na aparência um breve romance de uma mulher
casada (Meryl Streep), trata de um drama bem usual na vida das mulheres: a
imposição de superioridade masculina da dona de casa, onde ela devota todas as
suas horas e tarefas. Ao conhecer um fotógrafo (Clint Eastwood), em certo
momento em que está quase sem identidade, ela se reanima e se descobre enquanto
pessoa humana, uma mulher de qualidade, que pode amar. A mim me parece um dos
melhores filmes sobre as relações de desamor de uma mulher por sí própria. Imperdível.
“Brilho
Eterno de uma Noite sem Lembranças”provou mais uma vez a inventiva do
roteirista Charlie Kaufman (de “Quero ser John Malkovich”, “Adaptação” e
“Sinédoque Nova York”). Ele roteiriza de sua ideia original com Pierre Bismuth
e o diretor Michael Gondry. O tema é o esquecimento de uma relação amorosa. Na
mostra romântica é como um “anti-romance”. Trata de Joel (Jim Carrey) que quer
esquecer Clementine (Kate Winslet) para saber se apagando da memória seus
momentos com ela o relacionamento sobreviverá. Um filme diferente com uma
espantosa montagem e excelentes desempenhos.
“Houve
Uma Vez um Verão” é mais conhecido como “Verão de 42”, seu titulo original.
Inesquecível a música tema de Michel Legrand, vencedor do Oscar, e a atuação de
Gary Grimes, na época com 15 anos, interpretanto o personagem Hermie, o garoto
que passa as férias em Nantucket Island e tem sua iniciação sexual com uma
triste (Jennifer O’Neil) viúva de guerra àquela altura sofrendo um drama íntimo.
dessa nova safra de romanticos de mosta do Olympia, quero rever tarde demais para esquecer e Ghost que marcou minha adolescencia, Luzia me corrija seu eu estive errado, mas nos ultimos 20 anos Ghost foi que ficou mais tempo em cartaz aqui em Belém?
ResponderExcluirÉ, creio que sim. Como sou pesquisadora necessitava de ver isso em dados. Mas lembrei também que "Embalos de Sábado a Noite", na sua época, deu o que falar de filas e filas nos Cinemas 1 e 2.
ResponderExcluirOntem ( Domingo) fui rever Ghost do outro lado da vida, , me emocionei bastante, pois este filme marcou minha adolescencia , lembro de dialogos inteiros do filme de cada cena dele, parabens ao Cinema Olympia e accpa por me propocionar esta emoção grato a voces.
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