"Faça Chuva, Faça Sol", grandes interpretações de atores ingleses num filme muito simples e de reflexão sobre a família.
Realizado
com o objetivo de exibição na TV inglesa “Faça Chuva ou Faça Sol” (Come Rain,
Come Shine, UK, 2010) é uma comédia da linha neorrealista que lembra os filmes
italianos dos anos cinquenta. A primeiara sequencia capta o aniversário de Don,
bem empregado numa indústria e que mora numa casa de classe média-alta, é
casado e tem um filho de aproximadamente 6 anos. Os pais desse personagem vivem
em um modesto apartamento mantendo-se com a aposentadoria que o marido recebe.
Um dia sabe-se que Don é despedido do emprego, tem uma enorme dívida e pede ao
pai que o ajude no que lhe parece salvação: comprar com 50 mil libras um
terreno onde edificará uma fábrica. O ancião empenha seu apartamento e dá o
dinheiro ao filho sem consultar a esposa. Esta quando sabe reclama. Mesmo
porque eles também têm uma filha, que não é privilegiada. Logo se constata que
a compra pretendida pelo filho é obra de um vigarista e tudo se perde.
O filme é
muito simples, mas com excelentes desempenhos, em especial de David Jason
(Don), veterano com 19 prêmios em seu currículo. A direção é de David Drury, vencedor
de 7 prêmios incluindo o Bafta (o maior da Inglaterra) e o do Festival de San
Francisco.
“7 Dias
em Havana” (Seven Days in Havana, EUA, 2010) é composto de 7 episódios cada um
dirigido por um cineasta e correspondente aos dias da semana na capital de
Cuba. A exibição não privilegia os nomes dos diretores na hora em que se inicia
cada episódio. O cinéfilo tem de consultar outras fontes para saber quem realizou
os curtas entre Benicio del Toro, Pablo Trapero, Julio Medem, Elia Suleiman,
Gaspar Noé, Juan Carlos Tabío e Laurent Cantet.
Como em
todo filme do gênero, o conjunto é vulnerável a partes mais fracas. De qualquer
forma é um olhar de Cuba por turistas e nativos. Programa curioso que revela um
cotidiano em Havana e outras cidades do país pouco vistas e com uma magnifica
imagem dessas cidades.
Em sua
longa e prestigiada carreira o ator veterano Spencer Tracy (1960-1967) só
ganhou 2 Oscar: um por “Marujo Intrépido” (Capitain Corageous, EUA, 1937) e o
outro por “Com os Braços Abertos”(Boys Town, 1938). O primeiro filme chega
agora em DVD ao mercado brasileiro. Tracy protagoniza um marinheiro português
chamado Manuel e que dá apoio ao mimado garoto Harvey (Freddie Bartholomew)
salvo quando cai no mar em meio a uma viagem com o pai. O marinheiro não só
toma conta do menino como o estimula a gostar da profissão nautica. O filme é
dirigido por Victor Fleming (de “O Mágico de Oz”, 1939) e baseia-se numa
historia de Rudyard Kipling, o autor de “Mowgli, o Menino Lobo”. Sucesso na
época de estreia, além de ter sido também candidato aos Oscar de melhor filme e
melhor roteiro. No elenco, ainda, Lionel Barrymore (no tempo em que ainda
andava, pois, o ator ficou paralitico por conta de uma artrite e mesmo assim,
em cadeira de rodas, protagonizou o tipo de Mr. Potter em “A Felicidade Não se
Compra”, 1946), Melvyn Douglas, John Carradine Mickey Rooney.
Relíquia dentre
os que assisti esta semana é “Os Dragões da Noite” (The Eagle and the Hawk, EUA,
1933) de Stuart Walker com Cary Grant e Frederic March. Historia de pilotos na
I Guerra Mundial, especialmente enfocando um veterano ríspido (March) em
confronto com um colega (Grant) que de uma feita metralhou um paraquedista
alemão. O final é emblemático e o roteiro baseia-se na historia de John Monk
Saunders “Death in the Morning”. Carole Lombard (1908-1942) é a única mulher no
elenco, mesmo assim em atuação diminuta.
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