Já em DVD o filme baseado no romance John Green, dirigido por Jake Schreider , "Cidades de Papel"(2015), exibido recentemente nas salas comerciais.
Alguns filmes chamaram a atenção nos cinemas e chegam agora em DVD.Deixei de assisti-los nas salas
de exibição, mas foi possível vê-los agora.
“Terremoto:
A Falha de San Andreas” (San Andreas, EUA, 2015) trata de um episódio fictício quando
a conhecida Falha de San Andreas cede dando início a um terremoto em escala
épica na Califórnia. Um piloto de helicóptero de resgate e salvamento (Dwayne
Johnson) e sua ex-esposa (Carla Gugino) se juntam para uma jornada de Los
Angeles a San Francisco na tentativa de salvarem sua única filha. Mas o caminho
rumo ao norte do estado é traiçoeiro e está apenas começando. E quando eles
pensam que o perigo já passou, percebem que coisas piores ainda estão por vir.
Direção de Brad Peyton. Cenas de destruição numa ação intensa de catástrofe
enchem a tela onde os clichês os mais diversos tendem a povoar o drama, Do
cientista (Paul Giamatti) que tenta frear o acontecimento (embora não haja mais
tempo) à jovem (Alexandra Daddario) que está preste a entrar na faculdade,
passando pelas vítimas que de certa forma têm uma história dramática finaliza
com a bandeira norte-americana tremulando ao lado do herói Ray (Dwayne) que
trouxe o salvamento da filha morte e do seu próprio casamento, mostrando que a
força de todos leva à vitória. Ray é representado pelo famoso The Rock que tem
mostrado seu carisma em outros filmes de ação. Mas “Terremoto...” só mesmo em
casa, embora a tela grande e a tecnologia da 3ª dimensão fossem melhor
aproveitadas pelos que gostam de blockbuster.
“Selma: uma luta pela Igualdade (EUA, 2014) trata da cinebiografia
de Martin Luther King Jr. (David Oyelowo), o pastor protestante e ativista
político, que estimula as marchas
históricas de manifestantes pacifistas para garantir os direitos de voto dos
afrodescendentes. Esta campanha que chegou ao auge na marcha de Selma, no
interior de Alabama, a Montgomery, capital do estado, estimulou a opinião
pública norte-americana a convencer o então presidente Lindon Johnson a
implementar a Lei dos Direitos de Voto em 1965. Este ano se comemora o 50º
aniversário deste momento importante pelos Direitos Civis nos EUA. Modelo clássico de filmagem pontuado pelos grandes
planos utilizando-se de gruas para captar as cenas
de multidões, indica datas e locais onde se dá o evento, segue um roteiro linear, explicativo e cronológico. Entre os méritos desta biografia destaca-se a
abordagem desnudada de uma figura histórica e político-militante como Luther
King em que a tática maior é essencialmente cerebral, lógica, mostrando o
esposo, o pai, os adversários sempre tomados sem a emocionalidade que cerca
esse gênero no cinema. O recorte sobre os preparativos do episódio mostra
também as tensões no interior da própria militância quando os protestos de
alguns pretendem usar a violência e o líder aponta para a necessidade de atender
ao momento do diálogo com o presidente e o governador. O desempenho dos atores,
principalmente David
Oyelowo, demonstrativo de sua imersão no personagem, além dos demais, trouxe
grandeza ao filme. Direção de Ava Duvernay.
“Cidades de
Papel” (Paper Towns, EUA, 2014) Quentin
Jacobsen (Nat Wolff) e sua vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman
(Cara Delevingne) vivem uma paixão platônica especialmente por parte dele. Um
dia Margo desaparece e não ha pistas sobre o seu paradeiro. Historia do
escritor de “A Culpa é das Estrelas”, John Green. Paixão platônica e re-arrumação
de vida é demonstrado na convivência dos dois jovens. Um processo que desnuda o
formato de sentir o amor e avaliar até que ponto é possível reconhecer se há realmente
afinidade recíproca. Direção de Jake Schreier.
“Kaos” (Italia,
1988) foi o melhor filme do ano para os críticos locais (da então APCC) e agora
chega ao DVD em cópia nova. Dirigido pelos irmãos Paolo e Vittorio Taviani
aborda cinco contos de Luigi
Pirandello. As histórias são ambientadas na Sicília do século XIX. A mãe passa
a vida esperando notícias dos dois filhos que emigraram para a América enquanto
despreza o que ficou. Garota descobre que seu marido enlouquece a cada lua
cheia e busca a proteção de um amigo. Homem fica preso num jarro de azeite que deveria
consertar. População de um vilarejo luta pelo direito de queimar seus mortos. O
escritor Luigi Pirandello conversa com sua mãe a respeito de uma história que
sempre quis escrever, mas para a qual nunca encontrou as palavras certas. Todos
esses enredos são captados em uma linguagem acessível a qualquer plateia.
“De Volta
Para o Futuro” (Back to the Future/EUA,1985) foi lançado para comemorar o fato ocorrido
no segundo episódios dessa trilogia. Ao evocar o ano atual (2015), a produtora
Universal Pictures relança os 3 filmes dirigidos por Robert Zemeckis em DVD, BLURAY
e digital para cinema. Realmente é curioso saber como há 30 anos se pensava em
como seria o mundo de hoje. Tudo muito divertido a começar com a ideia de que
os carros passam a voar pelas estradas. E nas etapas, os personagens mexem com
as suas vidas em família e chegam a uma temporada no velho oeste, enfrentando
os bandidos de tantos filmes de um gênero. Uma boa diversão até nos “furos”
como profecia.
“Diário de Um Padre” (Journal d’um Curé
de Campagne, França, 1951), uma das obras-primas do diretor Robert Bresson.
Nomeado para a paróquia de Ambricourt, uma pequena aldeia da França, um
jovem padre não é bem recebido pelos moradores. Com uma personalidade
frágil, saúde debilitada por problemas no estômago, o padre tem
dificuldades em se impor aos paroquianos. Tentando lidar com a situação,
busca então, conforto moral e espiritual com o pároco da cidadela vizinha.
Outro DVD é "Selma" o filme que documenta uma parte da biografia de Martin
Luther King Jr. vivido pelo ator David Oyelowo.
Dos filmes citados pela coluna, os lançados no cinema recentemente, destacam-se o excelente Selma e o bem conduzido (classificaria como bom) Cidades de Papel, filme que foge da pieguice usual dos filmes adolescentes. Sobre Terremoto: A Falha de San Andreas é melhor nem comentar, pois o filme é um terremoto na vida do espectador. Filme muito fraco.
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