Matt Damon em "Perdido em Marte", de Ridley Scott
Os cinemas comerciais em novos
lançamentos no dia de mudança na programação (às quintas feiras) exibem um
filme muito curioso: “Perdido em Marte” (The Martian, EUA, 2015) do diretor Ridley
Scott (de “Blade Runner”, “Alien” e “Gladiador” etc.). O roteiro de David
Goddard trata do astronauta Mark Watney (Matt Damon), tripulante de uma
expedição humana pioneira, ao planeta Marte. Ele é considerado morto pelos
colegas quando sofre um acidente na superfície marciana. Temendo uma tempestade
que se avizinha, esses colegas dão partida de volta à Terra. Mas o desmaiado
Watney se recupera e fica ciente e tem que arcar com todos os recursos disponíveis
para suportar fisicamente uma estada em Marte até que o pessoal da Terra mande
lhe buscar.
O roteiro pode não ser considerado uma
novidade. Em 1964 o diretor Byron Haskin (da primeira versão de “A Guerra dos
Mundos”, 1953) realizou um filme intitulado “Robinson Crusoé em Marte” com
roteiro de Ib Melchior e John C. Higgins, inspirado no clássico livro de Daniel
Defoe. Nesse filme, também um astronauta ficava acidentalmente no Planeta
Vermelho e era obrigado a se manter, inclusive, usando oxigênio extraído da
combustão de algumas pedras. Certamente que o filme era uma fantasia trocando a
ilha do personagem de Defoe por um planeta. Mas havia um empenho cientifico
incomum na época. Hoje, Ridley Scott promete amparo na ciência e diz como é
possível planejar uma viagem ao mundo mais acessível a nós (pelo menos é o
planeta rochoso mais perto da Terra). Assunto oportuno quando se constata a
presença de água na superfície marciana.
O protagonista é o ator Matt Damon que passa
a maior parte do tempo sozinho adiante das câmeras e por isso veem o filme como
um “Naufrago” (o trabalho de Robert Zemeckis) no espaço. O filme atual está em
cartaz em todas as salas de shopping em cópias com som original e legendas e a
alternativa dublada.
Outro lançamento que já estava em
pré-estreia é “Vai que Cola”(Brasil, 2015), mais uma comédia nacional com
atores conhecidos da TV. No argumento, Valdomiro Lacerda (Paulo Gustavo) era
sócio de uma firma onde atuou em falcatruas sendo despedido. Fugindo da policia
passa a morar na pensão de Dona Jo (Catarina Abdalla) no subúrbio do Rio de
Janeiro, onde vive sonhando com uma chance de voltar a ter uma casa luxuosa
como tinha antes. Quando um ex-sócio o procura com um plano para ganhar a
sedutora cobertura em frente ao mar ele acha que finalmente seu sonho se
realizará. Mas a turma da pensão se faz presente e esse pessoal leva os
moradores de um bairro modesto a uma confusão no mundo da elite carioca.
Direção de Cesar Rodrigues com Cacau Protásio, Catarina Abdalla, Marcus
Majella, Fernando Caruso, Emiliano D’Avila e Oscar Magrini.
“Um Estranho no Ninho” (One Flew over the Cuckoo’s Nest, EUA,1975)
concedeu o primeiro Oscar a Jack Nicholson. Dirigido por Milos Forman (de
“Amadeus”) trata de de um prisioneiro que aspira escapar da lei que lhe exige
muito trabalho pesado, se investe de trejeitos de loucura integrando-se à
clientela de um manicômio, passando a liderar os internos com a sua capacidade
de persuasão sobre as regras impostas pouco concessivas aos direitos dos
pacientes. Seu único obstáculo na luta pelo domínio ambiente é uma enfermeira (Louise
Fletcher) que tem suas estratégias de manipulação a muito tempo, desses
pacientes que não conhecem seus direitos. Além da premiação a melhor ator para Nicholson
o filme ganhou Oscars de produção, direção, roteiro, e atriz coadjuvante. Será
exibido na Sessão CULT, de sábado, 3/10, ás 16 h no Cine Libero Luxardo.
Promoção da ACCPA.
“Carnaval Devoto”, documentário de
longa metragem de Regiana Queiroz, está estreando logo mais as 17 h, no Cine
Olympia, com apresentações também nos dias 02, 03 e 04/10. Pelas informações, o
filme foi feito em locações na cidade de Vigia e Belém durante a festa do Círio
de Nazaré, em outubro de 2012. A estrutura capta a “obra de Dante Aliguieri, “A
Divina Comédia”, mostrando o caminho percorrido por uma personagem de ficção
que vai ao inferno, passa pela agonia do purgatório até receber a graça da
redenção e alcançar o céu, em uma analogia que remete às manifestações
profanas, festivas e alimentares, culturais, religiosas que marcam essa festa
paraense, registrada como o maior evento de devoção católica do mundo e
patrimônio Imaterial da Humanidade.”
No
hall do cinema será exibida a mostra de fotografias de cena de Raphael Nunes e
Tássia Barros.
Oi, Luzia!
ResponderExcluirHum, esse título "Carnaval Devoto", se não me engano, tem a ver com a dissertação de mestrado do Isidora Alves, que já foi pesquisador do Museu Goeldi...
Ab.,
R.Secco
Oi Ricardo, bom dia. Que bom o diálogo . Embora o filme sobre o Cirio tenha usado o título do livro do Isidoro que tinha extraido essa termo do Dalcidio Jurandir, não tem a ver com com um documentário tradicional sobre essa procissão. Como está registrado no texto, a diretora fez comparações com a “obra de Dante Aliguieri, “A Divina Comédia”, mostrando o caminho percorrido por uma personagem de ficção que vai ao inferno, passa pela agonia do purgatório. Gostei muito desse documentário e será exibido no Líbero também, depois do Cirio. Não perde.
ExcluirOi, Luzia, bom dia! Vejo que vc. tem retornado ao blog com força total, de heroína! Obrigado pelas explicações, e desculpe o tropeço no nome do colega Isidoro, e não Isidora. Vou agendar o documentário.
ExcluirAbraço, Feliz Círio!
R.Secco
P.S. Lamentável a gente só poder assistir a filmes dublados nos shoppings de Belém. Triste demais!!!