Cinema Olympia : 106 anos
Nessa “onda” de idade &
antiguidade circula a memória num contexto exemplar. Os “mais velhos” servem de
testemunhos sobre um passado vivido em determinado contexto e os “mais novos”,
mesmo que sejam vistos com uma baixa memória têm suas lembranças em referências
desse contexto sobre o que “ouviram falar”.
O Cinema Olympia está na memoria
histórica da cidade de Belém e apresenta esses dois aspectos. Mais velhos e
mais novos sentem a sua presença. É o monumento/documento de uma época e testemunhou
os fatos políticos e sociais da centenária Belém. Cada segmento tem sua lembrança
sobre ele. Os que assistiram aos filmes exibidos desde sua criação possivelmente
deixaram registros escritos. Aos demais cidadãos e cidadãs conviventes nos anos
30 ou 40 do século XX, ainda vivos, conferem na memória as atividades
cinematográficas de seu tempo e a presença do Olympia.
Meu testemunho se conforta entre o
reconhecimento da função exercida como cinema já na década de 50 e os registros
históricos que levantei sobre a presença dele no meio social e político paraense
desde o momento que foi criado.
Fases da história do cinema
passaram em suas telas nos filmes de todas as nacionalidades. As tensões entre os
grupos de Antonio Lemos e Lauro Sodré se transformaram em imagens documentais e
registraram as ocorrências para os/as espectadores. E muito mais se torna em história
desse cinema que é considerado o mais velho do Brasil, em funcionamento. Se
não, também, entre os mais antigos do mundo.
Minha homenagem se dá neste
registro. Cinema Olympia! Presente!
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